Para disseminar a cultura da inovação e do empreendedorismo entre jovens do ensino médio, técnico e superior, o Sebrae/PR realizou ao longo do segundo semestre de 2024, 45 oficinas na região Oeste do Paraná, com o objetivo de fortalecer o ecossistema de inovação. As ações do Programa IdeiAção foram realizadas em parceria com os Núcleos Regionais de Educação de Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu e universidades da região.
Elisângela Rosa, consultora do Sebrae/PR, explica que o programa foi realizado durante o ano todo, envolvendo mais de 30 escolas e cerca de 3 mil alunos, em 14 municípios, além de universidades da região.
“O objetivo do IdeiAção é incentivar os jovens a participarem de programas de inovação e empreendedorismo, no modelo hackaton. O programa atinge os dois públicos, alunos e professores, mostrando que o empreendedorismo e a geração de ideias não são ligados apenas à abertura de um CNPJ, mas envolvem questões de comportamento, com escolhas de problemas para serem solucionados, trazendo mudanças de realidade para a sociedade”, explica.
Programa IdeiAção
A Oficina Empreendedorismo e Inovação, do Programa IdeiAção, visa fomentar a cultura empreendedora no Ensino Médio, por meio de atividades práticas que estimulem a concepção de ideias de negócios fundamentadas nos desafios e potenciais da comunidade escolar. Além disso, o programa inspira a criatividade, promove a inovação e desenvolve o pensamento crítico, reconhecendo o empreendedorismo como alternativa para a trajetória de vida e carreira dos jovens participantes.
Voltado para estudantes do ensino médio, técnico e superior que buscam informações sobre empreendedorismo e conhecimento de metodologias de geração de ideias para solucionar problemas do seu cotidiano, o programa compreende oito horas de oficinas. Nessas dinâmicas, o estudante conhece os conceitos de empreendedorismo e inovação e tem a oportunidade de identificar suas habilidades pessoais.
“Também apresentamos o processo de Ideação: Problema x Ideia, composto por sete etapas, que vão da identificação do problema – que pode ser do dia a dia do professor, estudante ou da comunidade escolar – até a escolha da melhor solução para resolvê-lo, além de vivenciar também a etapa da comunicação da ideia, no intuito de buscar aliados na sua implementação”, complementa Elisângela.
Mudança de mentalidade
Tcheslley Bruch Fontana, de 19 anos, é aluna do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Pedro Boaretto Neto, de Cascavel, e trabalha em uma startup através da Acic Labs, que atua como aceleradora e hub de inovação. Ela já participou de competições de empreendedorismo promovidas pelo Sebrae, tais como hackatons, ideathons e a Startup Weekend.
“Conheci o mundo da inovação através de uma visita à Acic Labs. Fui para um Startup Contrata, quando startups querem contratar pessoas e consegui meu emprego atual. Também participei com amigos do Radar da Inovação, da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundetec). A gente tinha um projeto, não passamos, mas fizemos em equipe e obtivemos conhecimento. É uma competição para conseguir ajuda e fomento para o projeto vencedor”, conta.
Para Tcheslley, o que mais marcou sua experiência foi a mudança de mentalidade sobre o que torna uma pessoa verdadeiramente empreendedora no ambiente de startups.
“Não temos que ser aquela pessoa que traz mais problemas, e sim ser um resolvedor de problemas. Pensar em formas de solucioná-los, seja no seu trabalho, na faculdade ou escola. E ter essa visão de ‘como posso solucionar isso?’. Podem ser coisas pequenas no dia a dia ou até e coisas grandes, porque geralmente as pessoas observam os problemas e reclamam, mas não tentam mudar essa realidade.”