A computação em nuvem abriu várias oportunidades para as empresas melhorarem seus processos. Além de facilitar o compartilhamento de informações em larga escala, ela ajuda na hora de estabelecer contato com o público. Porém, se você quer aproveitar ao máximo essa tecnologia, é importante entender como funciona seu controle de acesso.
Limitar quais indivíduos têm acesso a quais informações em seu negócio é fundamental para manter a segurança da informação no empreendimento. Além disso, trata-se de uma obrigação prevista na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
No entanto, administrar o acesso em nuvem envolve algumas particularidades, tanto em relação à infraestrutura e aos recursos utilizados quanto no que se refere à metodologia envolvida. Ainda assim, é importante investir nesse aspecto para garantir o melhor desempenho.
Confira, a seguir, algumas dicas que vão te ajudar a implementar o controle de acesso em nuvem de forma eficiente.
1. Avalie as ferramentas necessárias
Se você possui um servidor dedicado na nuvem, é mais fácil controlar o acesso de diferentes usuários a cada informação, sejam eles colaboradores da empresa, sejam eles clientes acessando sua loja virtual. Porém, para que essa gestão seja mais efetiva, você deve utilizar algumas ferramentas específicas.
O primeiro passo é buscar softwares que facilitem a organização das suas informações na nuvem, especialmente cadastros de usuários. Além disso, você deve pensar nas ferramentas de segurança necessárias para proteger seu negócio, tanto dentro quanto fora da empresa.
Entender os recursos envolvidos no controle de acesso te ajudará a fazer um planejamento mais consistente. Também será útil para calcular o investimento necessário.
2. Tenha uma política de segurança da informação bem definida
A Política de Segurança da Informação (PSI) é um método de controle primordial em sistemas de cloud computing. Consiste em criar regras que definam quais usuários têm acesso a quais informações. Caso uma ou mais dessas regras não sejam cumpridas, o acesso é negado.
Essas regras podem ser baseadas em diversos critérios, como o cargo do usuário, sua identificação, localização, o horário em que o acesso é realizado etc. Isso ajuda a minimizar os principais riscos envolvidos, pois reduz drasticamente as portas de entrada para seu sistema.
Ao mesmo tempo, é fundamental garantir que esses critérios sejam adequados para a forma como o servidor é usado. Caso contrário, você pode prejudicar o acesso de certos usuários a informações essenciais.
3. Adote a autenticação multifatorial
Uma senha raramente é o suficiente para garantir a segurança de acesso em qualquer sistema empresarial. O risco de vazamento é muito alto, especialmente se o usuário não utiliza uma senha segura. Nesse contexto, o melhor a fazer é estabelecer um procedimento de autenticação multifatorial.
Como o nome diz, trata-se de utilizar dois ou mais métodos de autenticação para o mesmo usuário em cada acesso. Dessa forma, mesmo que um método seja violado, não será possível acessar quaisquer dados sensíveis que você tenha na nuvem.
Esse método pode ser implementado de várias maneiras. Por exemplo, além do login e da senha, o usuário deve acessar a nuvem por meio de um aparelho específico ou confirmar sua identidade por outro canal, como um celular.
4. Use um token de acesso
Mais um recurso que pode contribuir bastante com a segurança da informação na nuvem é o token de acesso. Eles são protocolos que geram um novo código de acesso de maneira automática e regular, o qual também é acessível em um aparelho que apenas o usuário tem acesso.
Quando alguém tenta acessar a nuvem, ele deve fornecer também o código do token como sua credencial. Como cada código é temporário, não há o mesmo risco de violação a longo prazo.
Esse é um ótimo método caso você implemente alguma mudança ou mesmo faça a migração de dados em seu servidor. Desde que o sistema de acesso seja mantido, você pode usar o mesmo token como referência.
5. Faça um gerenciamento rigoroso de usuários e identidades
Outro aspecto do controle de acesso que nem sempre é mencionado é o gerenciamento interno das informações dos usuários e das credenciais de acesso. O modo como você armazena esses dados pode impactar diretamente sua segurança e a forma como são usados no dia a dia.
Por exemplo, um usuário que não faz mais parte da sua base ainda pode ter credenciais válidas. Isso significa que outra pessoa pode obter acesso às suas informações e usá-las para acessar o conteúdo dentro do seu servidor.
Fazer uma limpeza regular nesses dados, conferindo quais usuários estão ativos e revalidando suas informações, é um procedimento fundamental para garantir sua segurança — especialmente se você conta dados antigos em sua base, mas que ainda podem ser alvo de criminosos.
6. Estabeleça medidas de emergência
Você pode implementar todos os procedimentos de segurança e controle de acesso. Mesmo assim, ainda existe o risco de um usuário não autorizado conseguir acessar seu servidor na nuvem, seja pelos seus próprios sistemas, seja por vias externas. Em todo caso, você deve agir imediatamente para impedir que os dados dos seus clientes sejam comprometidos.
Procedimentos como a transferência de dados para outros servidores, o corte completo de acesso ou mesmo a formatação do servidor são opções comuns para as empresas. Eles garantem que nenhum dado será violado, mesmo que isso envolva a perda de algumas das informações contidas nele. Algo que você pode mitigar fazendo backups regulares.
É essencial ter esses procedimentos de emergência devidamente formalizados em seu negócio e instruir a equipe sobre como lidar com eles. Essa é uma camada extra de precaução que pode evitar diversas complicações para você e para seus clientes a longo prazo.
Agora que você tem orientações valiosas sobre como fazer o controle de acesso em nuvem, é hora de adotar algumas dessas medidas. Mesmo os procedimentos mais simples podem ter um impacto direto na proteção das suas informações. Sendo assim, é algo a considerar quando você lida com dezenas de dados sensíveis do seu público diariamente.
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